Conflitos Culturais

O que acontece connosco em tempos de mudanca ?  Como é que vamos manter a nossa existencia como povo de Deus quando o desastre nos atingir  e a estrutura da nossa identidade for derrubada? 

Os Adventistas do Sétimo Dia tem uma imagem mental dos eventos finais caracterizada pelos  caos, pela confusao, pela desordem e pelo desastre.
De facto, a terra está velha como um vestido.  

E nao temos nós perguntas semelhantes ás dos Judeus do tempo de Daniel? 
 O que acontece connosco quando desastre políticos e civis nos atingem? Como é que podemos continuar a viver, quando o sistemas de organizacao e de comércio humanos colapsarem? O que será da IASD quando nao podermos assistir  regularmente ao servico de Sábado, dirigir as instituicoes denominacionais, assistir ás reunioes do Conselhor Administrativo, aprovar os orcamentos anuais, estabelecer normas de accao e partilhar recurso através das fronteiras internacionais?


Daniel viveu primeiro em exílio na Babilónia e depois na Pérsia. Ele tem que descobrir qual é o seu lugar numa cultura estrangeira, decidindo o que é aceitavel e o que nao é.
  • Aprende uma nova língua,
  • frequenta uma nova instituicao educacional, 
  • serve num novo ambiente político, 
  • aceita um novo nome   
  • adopta um novo estilo de se vestir.
Enquanto Ester aceita a cultura e Jonas a condena, Daniel confronta-a.
É como se Daniel e seus amigos dissessem : "Eles que nos tornem Caldeus de todas as maneiras que nao importam. Vamos ficar vigilantes ás maneiras que importam."
Os elementos nao negociáveis na vida de Daniel sao baseados numa só ideia :  a adoracao de Deus.


Daniel e os seus amigos sao jovens, membros leigos, nao sao líderes nem oficiais, nao possuem nenhuma experienca em sistemas e regras denominacionais. Sao os melhores candidatos para os propósitos de Nabucodonosor, porque ele nao conhece o seu verdadeiro fervor. A licao urgente que temos de aprender é que em tempos de mudanca, em momentos de crise, a forca da Igreja nao reside na sua  infraestrutura, mas na disciplina espiritual dos seus membros. Nao nos tijolos e nas pedras, nas instituicoes, nas organizacoes ou no número de membros - mas nas pessoas que possuem um senso apurado da cultura e do carácter do reino.


As pessoas  com um propósito motivador sabem tomar decisoes. A sua clareza de visao ou propósito molda as suas accoes. A visao pode transformar a vida e produzir energiae forca moral nas circunstancias mais formidáveis.

"A única coisa que é pior do que ser cego é ter vista mas nenhuma visao."

Jesus tinha uma visao motivadora. Perto do fim  do seu breve ministério na terra, ele pode declarar confiante: " Eu glorifique-Te na terra, tendo consumado a obra que Me deste a fazer." (Joao 17:4)

Como é que podia ser verdade que Ele tinha terminado o seu trabalho? Quando Jesus fez esta declaracao, nem todos os doentes estavam curados. Ainda existiam cegos, pobre, líderes corruptos , sístemas religiosos errados e todos os géneros de humanidade caída em cada canto.
Ele mal tinha passado a fronteira da Sua nacao, deixando fora dela o resto do mundo. Nao existem provas de ele ter visitado civilizacoes antigas noutros lugares do mundo.
No entanto, Ele declara : "...tendo consumado a obra que Me deste a fazer."

Certamente o segredo para compreender esta ousada declaracao reside na declaracao adjacente: "Eu glorifiquei-Te na terra..." É uma alegacao qualitativa mais do que quantitativa. Jesus viveu e serviu com uma singularidade de propósito.
 Embora o papel que nos é dado seja diferente do de Jesus, esta devia ser a visao motivadora da nossa vida: O propósito de definirmos que tudo o que fazemos é para  glorificar Deus.

Com carácter, a cultura e a visao do reino saberemos como viver com a dupla cidadania.
"Um coracao puro e uma mao forte e destimida sao necessários no mundo de hoje. [...] A nossa esperanca de felicidade em dois mundos depende do progresso feito num." (Ellen White - O Lar Adventista)

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