Toda música reflete componentes básicos da cultura ou subcultura em que foi concebida, bem como dos valores pessoais e, em certos casos, até mesmo o estilo de vida do seu compositor.
Isso significa que cada música transmite uma  mensagem aos seus ouvintes. Essa mensagem pode ser enunciada  explicitamente através de uma letra específica ou, simplesmente,  comunicada às emoções dos ouvintes através da combinação de sons.
Em sua obra How Should We Then Live?, Francis A. Schaeffer demonstra como a música contemporânea tem refletido a cosmovisão e os valores existenciais do homem contemporâneo (The Complete Works of Francis A. Schaeffer, 2.ª ed., vol. 5, págs. 195-209).
Em sua obra How Should We Then Live?, Francis A. Schaeffer demonstra como a música contemporânea tem refletido a cosmovisão e os valores existenciais do homem contemporâneo (The Complete Works of Francis A. Schaeffer, 2.ª ed., vol. 5, págs. 195-209).
Conflitos interiores, egocentrismo, sensualismo e  abandono de padrões morais são alguns dos valores popularizados por  grande parte da música moderna. Já desde a mais tenra idade, as crianças  de nossa sociedade têm sido inescrupulosamente estimuladas, em nome da  cultura e da popularidade, a substituir os valores morais do  cristianismo tradicional pelo sensualismo de inúmeras canções populares,  entoadas como melodias repetitivas e ritmos eletrizantes.
Embora o cristão seja ao mesmo tempo um cidadão  deste mundo e do reino de Deus (ver Mt 22:21), ele não pode se esquecer  de que sua cidadania celestial tem precedência sobre sua cidadania  terrestre (Mt 6:33; Jo 17:14-16).
Mesmo não tendo que romper com toda a música  secular, o cristão deve ter em mente que o fato de uma música ser  popular e culturalmente aceita não significa necessariamente que ela  seja apropriada, pois nem sempre a maioria está correta. A cultura  popular deve ser aceita apenas até o ponto em que não conflite com os  valores bíblicos. Quando tal conflito surge, o verdadeiro cristão não  hesita em romper com os componentes antibíblicos de sua própria cultura,  pois, de acordo com o conceito apostólico, “antes, importa obedecer a  Deus do que aos homens” (At 5:29).
O subjetivismo dos gostos pessoais e o apelo da  cultura popular devem ser subjulgados e reeducados em conformidade com  os princípios normativos da Palavra de Deus. Não apenas a letra de uma  música, mas também os estímulos da própria música sobre as emoções dos  ouvintes devem ser cuidadosamente analisados. O rei Salomão nos adverte:  “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele  procedem as fontes da vida” (Pv 4:23).
(Sinais dos Tempos)
 

 
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